O Bom Samaritano: Um thriller que te deixa na corda bamba, mas com um final… previsível?
Cinco anos se passaram desde que O Bom Samaritano estreou em 2020, e confesso que só agora, em 15 de setembro de 2025, decidi dar uma chance a esse filme para TV da MarVista Entertainment. E, sinceramente? Me surpreendi… parcialmente. A sinopse – Karen, atacada durante a noite, é salva por Daniel, um belo desconhecido, mas as aparências enganam – já te vende um thriller básico, mas eficaz. E é exatamente isso que o filme entrega, pelo menos em sua primeira metade.
Uma direção eficiente, um roteiro… funcional
Michael Feifer, na direção, faz um trabalho competente. Ele mantém a tensão na medida certa, usando os recursos limitados do formato para criar uma atmosfera claustrofóbica e desconfortável, principalmente nos momentos em que o suspense se intensifica. Nada de genialidades cinematográficas, mas uma direção eficiente, que sabe conduzir a narrativa sem exageros. O roteiro de Nate Atkins, no entanto, é onde a coisa começa a esfriar. Ele cumpre o papel de construir a trama, mas a previsibilidade se torna um peso a partir da metade do filme. As reviravoltas, embora presentes, são fáceis de antecipar para qualquer um que tenha assistido a um número considerável de thrillers. A sensação é de que o roteiro se acomoda na fórmula, sem ousar inovar ou explorar a premissa de forma mais profunda.
Atributos e deficiências do elenco
O elenco, liderado por Marci Miller e Kelly Blatz, entrega performances razoáveis. Miller consegue transmitir a vulnerabilidade de Karen de forma convincente, enquanto Blatz se sai bem no papel ambíguo de Daniel. O restante do elenco cumpre seu papel, sem grandes destaques. No entanto, a falta de química entre os protagonistas principais acaba prejudicando a imersão em certos momentos-chave. A relação entre Karen e Daniel, que deveria ser o coração do filme, falta um pouco de profundidade emocional, mesmo levando em consideração a natureza da história.
| Atributo | Detalhe |
|---|---|
| Diretor | Michael Feifer |
| Roteirista | Nate Atkins |
| Produtor | Michael Feifer |
| Elenco Principal | Marci Miller, Kelly Blatz, Rosa Blasi, Marcus LaVoi, Lew Temple |
| Gênero | Thriller, Cinema TV |
| Ano de Lançamento | 2020 |
| Produtoras | Feifer Worldwide, MarVista Entertainment |
Pontos fortes e fracos: um jogo de gato e rato previsível
O ponto forte indiscutível de O Bom Samaritano é sua capacidade de manter a audiência engajada durante a primeira hora. A construção da tensão é bem feita, deixando a gente na ponta da cadeira esperando pela próxima reviravolta. O jogo psicológico entre Karen e Daniel funciona, criando um suspense genuíno. Por outro lado, a previsibilidade da trama, aliada a uma conclusão um tanto anti-climática, tira um pouco do brilho do filme. A sensação é que o potencial da premissa não foi explorado ao máximo, resultando num final que, para ser sincero, deixou um gosto amargo na boca.
Temas e mensagens: a fragilidade da percepção
O filme explora o tema da percepção da realidade, mostrando como podemos ser facilmente enganados pelas aparências. A mensagem central é a importância de não julgar um livro pela capa, um clichê, mas um clichê que, apesar de sua simplicidade, funciona dentro do contexto do filme. A fragilidade da condição humana, vulnerável a riscos e manipulações, é também bem trabalhada.
Conclusão: um filme para uma noite tranquila, sem grandes expectativas
Em resumo, O Bom Samaritano é um thriller para TV que cumpre o seu propósito de entreter, mas sem se destacar em nenhum aspecto. Ele te proporciona uma noite razoavelmente agradável na frente da tela, mas não espere uma obra-prima ou uma experiência cinematográfica memorável. Recomendo apenas se você estiver procurando por um filme leve, sem compromisso, para assistir em uma plataforma de streaming, sem grandes expectativas. Se você busca um thriller mais ousado e surpreendente, procure por outras opções. A nota? 6/10. Não é ruim, mas também não é excepcional. Poderia ter sido muito melhor.
