O Dono da Festa 3: A Vez dos Calouros – Uma Comédia Universitária que Envelheceu Bem (ou Não)?
Confesso: cheguei a O Dono da Festa 3: A Vez dos Calouros com certa expectativa, alimentada pela nostalgia dos filmes universitários dos anos 2000. Afinal, quem não se lembra do charme (questionável, admito) do Van Wilder original? Em 2009, Jonathan Bennett assumiu a tocha, prometendo mais festas, mais confusões, e claro, mais garotas. Mas a promessa se cumpriu? A resposta, meus amigos, é… complexa.
A sinopse nos apresenta Van Wilder chegando à Universidade de Coolidge com a missão de transformar o campus em um paraíso de diversão, enfrentando o puritanismo das alunas e a rigidez do reitor Reardon, um inimigo declarado da família Wilder. A jornada inclui a busca pelo amor de Kaitlin, e, claro, muitas, muitas confusões. É uma premissa simples, que funciona como um trampolim para a sucessão de piadas, algumas certeiras, outras… bem, nem tanto.
A direção de Harvey Glazer, para ser gentil, é funcional. Não há nada de excepcionalmente criativo ou memorável em sua abordagem. O filme cumpre seu propósito, mas falta aquele toque de energia e originalidade que tornaria a experiência cinematográfica realmente inesquecível. O roteiro, assinado por David Wagner, Todd McCullough, e Brent Goldberg, sofre do mesmo mal. A comédia, muitas vezes, se apoia em situações previsíveis e piadas um tanto desgastadas, que poderiam ter sido atualizadas ou, pelo menos, melhor executadas.
| Atributo | Detalhe |
|---|---|
| Diretor | Harvey Glazer |
| Roteiristas | David Wagner, Todd McCullough, Brent Goldberg |
| Produtores | Robert L. Levy, Peter Abrams |
| Elenco Principal | Jonathan Bennett, Linden Ashby, Kristin Cavallari, Nestor Aaron Absera, Kurt Fuller |
| Gênero | Comédia, Romance |
| Ano de Lançamento | 2009 |
| Produtoras | Tapestry Films, Starz Media, Paramount Famous Productions |
Quanto às atuações, Jonathan Bennett faz o seu melhor, mas carrega o peso de uma personagem que, francamente, não é tão cativante quanto o Van Wilder original. Os outros membros do elenco, incluindo Linden Ashby, Kristin Cavallari e Kurt Fuller, desempenham seus papéis de forma competente, mas sem brilho especial. Nenhuma performance se destaca o suficiente para elevar o filme acima de sua média.
Se há pontos fortes em “O Dono da Festa 3”, eles residem em sua inocência relativa. Comparado aos filmes universitários mais recentes, este se revela surpreendentemente leve em seu humor e abordagem. A nostalgia dos filmes de comédia universitária dos anos 2000 é um trunfo considerável para aqueles que se lembram da época. No entanto, é inegável que, em 2025, o filme demonstra seu tempo. As piadas, o ritmo, até mesmo os efeitos especiais, não envelheceram tão bem. A falta de criatividade no roteiro e a direção sem graça são os maiores entraves, afogando o potencial da premissa. A tentativa de mesclar romance e comédia também se mostra desequilibrada, com o romance sendo tratado de forma superficial e pouco convincente.
A mensagem principal parece ser a clássica defesa da liberdade e da alegria juvenil contra o autoritarismo. No entanto, a abordagem é tão simplória e desprovida de nuances que a mensagem se perde no meio de piadas fracas e situações previsíveis.
Enfim, O Dono da Festa 3: A Vez dos Calouros é um filme que, em 2025, serve mais como uma cápsula do tempo do que como uma comédia divertida e memorável. Se você for um fã incondicional do gênero e tiver uma grande dose de nostalgia, talvez consiga tirar algum divertimento dele. Caso contrário, sugiro buscar outras opções de streaming. Não espere uma obra-prima, mas também não se prepare para uma experiência cinematográfica desastrosa. Ele existe num limbo neutro, um filme mediano que, no fim, se esquece rapidamente. Minha recomendação? Assista apenas se estiver muito, muito entediado e não tiver nada mais para ver em suas plataformas digitais.




