Outubro já se esvai, e com ele, aquele friozinho nostálgico que nos lembra que o fim de ano está batendo à porta. Para mim, essa época é um convite irrecusável para revisitar certas histórias, sabe? É como se o calendário tivesse um gatilho para puxar da memória aqueles filmes que já nos aqueceram o coração e que, a cada ano, ganham um brilho diferente. E é exatamente por isso que, neste final de 2025, O Melhor da Neve voltou a rondar meus pensamentos.
Lançado discretamente em 2022, esse especial de Natal é um daqueles achados que a gente guarda para as noites em que a alma pede um aconchego. A premissa, por si só, já me ganhou: equipes de talentosos artistas são transportadas para uma vila encantada, um lugar que parece saído de um cartão postal de inverno, para uma competição de esculturas de neve. Mas não é só um concurso; é uma celebração da criatividade, da paixão e daquele espírito natalino que, sejamos honestos, a gente vive correndo atrás o ano inteiro.
E quem poderia nos guiar por essa jornada gelada senão o inigualável Tituss Burgess? Em O Melhor da Neve, ele encarna o Mayor Frostifer von Fjord, uma figura tão grandiosa e carismática quanto seu próprio nome sugere. Tituss tem um jeito de preencher a tela, uma energia que é puro contágio. Não é só a voz dele, ou as expressões; é a maneira como ele consegue ser ao mesmo tempo régio e hilário, elevando a vibe de cada cena. A gente não apenas o vê; a gente sente a sua presença, e isso, meus amigos, é um dom. Ele transforma o ato de apresentar em uma arte, e eu te desafio a não soltar uma risada ou um sorriso com as tiradas do Mayor Frostifer.
As esculturas… ah, as esculturas! A sinopse não mente quando diz que são “de tirar o fôlego”. Sam Wrench, o diretor, com um olhar apurado, conseguiu capturar a magia de cada floco de neve transformado em arte. Imagine a textura do gelo, o brilho da neve fresca, as formas grandiosas que surgem das mãos desses artistas. É como assistir a um balé lento, onde a cada martelada e raspagem, a beleza toma forma. Não é apenas sobre quem vence; é sobre a jornada criativa, a tensão suave do trabalho sob pressão e o deslumbramento de ver algo efêmero ganhar tanta monumentalidade.
| Atributo | Detalhe |
|---|---|
| Diretor | Sam Wrench |
| Produtor | Michael Halpern |
| Elenco Principal | Tituss Burgess, Matt Vogel, Morgan Keene, Orlando Dixon, RJ Woessner |
| Gênero | Cinema TV, Família |
| Ano de Lançamento | 2022 |
| Produtoras | Six West Media, Milojo Productions |
E para completar essa festa visual e emocional, temos convidados que elevam o patamar da diversão. O grupo DCapella, com suas harmonias vocais impecáveis, traz uma trilha sonora humana que embala a competição com uma leveza única. Mas o que realmente me fisgou e me fez sorrir de orelha a orelha foi a participação do Sapo Caco, nosso eterno Kermit. Aquela voz inconfundível de Matt Vogel, trazendo à vida um dos personagens mais queridos da nossa infância, adiciona uma camada de nostalgia e pura alegria. Ver o Kermit em uma vila encantada, em meio à neve, é um daqueles momentos que te lembam que a magia ainda existe, e que não importa a sua idade, um pouco de encantamento nunca faz mal.
A produção, orquestrada por Michael Halpern e pelas Milojo Productions e Six West Media, merece aplausos por criar um mundo tão crível e convidativo. Não é fácil construir uma vila “encantada” que pareça genuína, mas eles conseguiram. Cada detalhe, desde o figurino dos Carolers (Morgan Keene, Orlando Dixon, RJ Woessner) até a iluminação das casas sob a neve, contribui para essa imersão. É como entrar em uma bolha de Natal, onde as preocupações do mundo exterior ficam lá fora, do lado de fora da tela.
O Melhor da Neve é, sim, um filme para a família, mas não no sentido simplista de “é só para criança”. É um convite para reunirmos quem amamos, para rir, para se maravilhar com a criatividade humana e para nos lembrarmos da beleza das tradições e da importância da gentileza. Em um mundo que muitas vezes parece correr demais, um filme como esse nos oferece um oásis de calma e um lembrete caloroso de que as festas de fim de ano são, acima de tudo, um tempo para celebrar o que realmente importa. Se você, como eu, busca um respiro da correria e um mergulho em algo que te faça sorrir de verdade, já sabe o que procurar. É um presente que vale a pena desembrulhar, a cada outono que se despede.




