Quando penso em filmes que me fizeram refletir sobre as relações familiares e a importância de cultivar laços emocionais, O Retiro sempre vem à mente. Eu me sinto motivado a escrever sobre essa obra porque ela toca em uma questão fundamental da vida: a oportunidade de reparar erros do passado e construir um futuro melhor com aqueles que amamos. Você já se pegou pensando sobre como as escolhas que fizemos afetam as pessoas ao nosso redor? É exatamente essa pergunta que O Retiro nos leva a fazer.
A história segue Rodolfo, um médico aposentado interpretado magistralmente por Luis Brandoni, que enfrenta a oportunidade de reavaliar sua vida pessoal quando sua filha Laura, vivida por Nancy Dupláa, decide se mudar para morar com ele. Essa decisão inesperada abre um caminho para que ambos comecem a curar feridas antigas e a reconstruir seu relacionamento. A atuação de Brandoni é notável, capturando a complexidade de um personagem que precisa equilibrar a autoridade paterna com a vulnerabilidade de um homem que busca redenção. Já Dupláa traz uma sensibilidade profunda ao papel de Laura, mostrando as nuances de uma filha que busca entender e perdoar.
Um dos aspectos que mais me chamou a atenção em O Retiro foi a forma como o diretor Ricardo Díaz Iacoponi maneja a narrativa. Com um toque delicado, ele explora a complexidade das relações familiares, nunca se rendendo a soluções fáceis ou a um final simplista. A colaboração com os roteiristas Daniel Cúparo e Fernando Castets resulta em um script que é ao mesmo tempo profundamente pessoal e universal em seu apelo. Cada diálogo, cada cena, parece ter sido cuidadosamente pensada para revelar os personagens e seu mundo, sem jamais cair no didatismo.
A contribuição do elenco também é digna de nota. Além das atuações principais, Gabriel Goity, Soledad Silveyra e Marcos Da Cruz adicionam camadas à história com seus personagens, cada um trazendo sua própria dinâmica ao filme. É notável como cada ator se encaixa perfeitamente em sua pele, tornando a experiência de assistir O Retiro ainda mais imersiva e emocional.
| Atributo | Detalhe |
|---|---|
| Diretor | Ricardo Díaz Iacoponi |
| Roteiristas | Ricardo Díaz Iacoponi, Daniel Cúparo, Fernando Castets |
| Elenco Principal | Luis Brandoni, Nancy Dupláa, Gabriel Goity, Soledad Silveyra, Marcos Da Cruz |
| Gênero | Drama, Comédia |
| Ano de Lançamento | 2019 |
| Produtoras | Salta una Rana, MyS Producción |
Uma das coisas que mais me impressionou foi a capacidade do filme de balançar entre o drama e a comédia. Em momentos, a tensão é palpável, enquanto em outros, o humor nos pega de surpresa, lembrando que, mesmo nas situações mais difíceis, há espaço para a alegria e o amor. Essa mistura de gêneros não apenas mantém o espectador engajado, mas também reflete a natureza multifacetada da vida real, onde o trágico e o cômico muitas vezes se entrelaçam.
Refletindo sobre O Retiro, percebo que o filme nos oferece uma lição valiosa sobre a importância de não desistir das relações que realmente importam. Rodolfo e Laura, com todas as suas falhas e virtudes, nos mostram que nunca é tarde para tentar novamente, para se aproximar e se entender. E é exatamente essa mensagem de esperança e resiliência que torna O Retiro um filme tão especial, um lembrete de que, independentemente de onde estamos em nossas vidas, sempre há a possibilidade de crescer, de mudar e de amar mais profundamente.




