O Retorno da Múmia

De volta às areias do tempo: Uma reflexão sobre O Retorno da Múmia (2001)

Em 2001, vinte e quatro anos antes desta resenha ser escrita (em 22 de setembro de 2025), a Universal Pictures nos presenteou com O Retorno da Múmia, sequência do sucesso de 1999. O filme nos leva de volta ao universo dos O’Connells, encontrando Rick, Evelyn e seu filho Alex numa Londres dos anos 30, enquanto uma nova ameaça iminente surge das profundezas do Egito antigo. Sem entrar em detalhes que possam estragar a diversão para quem ainda não assistiu, a trama envolve a ressurreição de uma força maléfica e uma corrida contra o tempo para impedir o apocalipse. Aventura, ação e doses generosas de humor caracterizam essa jornada épica.

Uma produção maior, nem sempre melhor?

Stephen Sommers, que dirigiu e roteirizou ambos os filmes, parece ter se deixado levar pela lógica do “maior é melhor”. E aqui reside um dos grandes problemas da sequência: a superprodução, em detrimento da sutileza e da atmosfera do original. A expansividade da mitologia egípcia, enquanto enriquece o universo criado, também o dilui, tornando-o menos impactante em certos momentos. As cenas de ação, que no primeiro filme eram brilhantemente coreografadas e carregadas de suspense, aqui se tornam excessivas, com um frenesi que, por vezes, chega a ser cansativo.

Apesar disso, a direção de Sommers não pode ser completamente descartada. Ele consegue manter um ritmo frenético que, mesmo em seus momentos mais exagerados, dificilmente deixa o espectador entediado. As locações são impressionantes, e a ambientação na Londres dos anos 30 e no Egito é impecável, criando uma atmosfera de aventura que captura a imaginação.

AtributoDetalhe
DiretorStephen Sommers
RoteiristaStephen Sommers
ProdutoresJames Jacks, Sean Daniel
Elenco PrincipalBrendan Fraser, Rachel Weisz, John Hannah, עודד פהר, Arnold Vosloo
GêneroAventura, Ação, Fantasia
Ano de Lançamento2001
ProdutorasUniversal Pictures, Alphaville Films

As atuações são, sem dúvida, um dos pontos altos do filme. Brendan Fraser e Rachel Weisz, como Rick e Evelyn, demonstram química inegável, construindo sobre a dinâmica já estabelecida no longa-metragem anterior. John Hannah, como o inesquecível Jonathan, continua a roubar a cena com seu humor peculiar, mesmo com um papel mais reduzido em comparação com o filme original. Arnold Vosloo, como o icônico Imhotep, retorna com a mesma majestosa maldade que o consagrou. O elenco, como um todo, entrega atuações sólidas e convincentes, carregando nas costas os excessos do roteiro.

A herança do passado e o peso do futuro

O Retorno da Múmia explora temas familiares ao primeiro filme: o confronto entre o bem e o mal, a luta pela preservação da história e a importância da família. No entanto, aqui, a relação familiar ganha um novo peso, com a adição de Alex, o filho de Rick e Evelyn, tornando a aposta pessoal dos protagonistas ainda mais palpável. A responsabilidade de proteger a família se transforma numa metáfora poderosa para a preservação do mundo.

O que incomoda é a sensação de que o filme se esforça demais para ser grandioso, perdendo a graça e o charme do original. Um dos trechos de crítica que li menciona que o filme “sofre um pouco da crença geralmente aceita pelas sequências de que ‘Maior é melhor'”, e essa observação não poderia ser mais precisa.

Uma aventura divertida, com ressalvas

Em resumo, O Retorno da Múmia é uma aventura divertida que, apesar de seus defeitos, consegue entreter. A química do elenco principal, a ambientação impecável e algumas sequências de ação memoráveis compensam, em parte, a falta de sutileza e o excesso de efeitos especiais. A escolha de assistir ou não dependerá, acredito, do grau de tolerância a esse tipo de “superprodução”. Se você é fã do primeiro filme, esteja preparado para uma experiência diferente, talvez até mais barulhenta, mas que ainda carrega o espírito aventureiro do seu antecessor. Para os espectadores que buscam uma experiência cinematográfica mais equilibrada, outros filmes do gênero podem ser uma opção mais adequada. Apesar das ressalvas, O Retorno da Múmia ainda encontra espaço nas plataformas digitais, e continua sendo uma opção válida para uma sessão de cinema nostálgica ou para quem quer se aventurar no Egito antigo sem muitas preocupações. Recomendo assistir em uma sessão descompromissada, pronto para curtir os momentos memoráveis sem se apegar muito à pretensão de grandiosidade.

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