O Túnel

O Túnel: Uma Jornada Claustrofóbica e Poderosa para a Alma

Nove anos se passaram desde que assisti pela primeira vez a O Túnel (2016), e a memória da claustrofobia sufocante que o filme me proporcionou ainda ecoa em meus pensamentos. A obra de Kim Sung-hoon, lançada no Brasil em 31 de março de 2017, não é apenas um filme de sobrevivência; é uma experiência visceral que explora as profundezas da resiliência humana diante de uma tragédia brutal.

A sinopse é simples: Jung-Su, um vendedor de carros, corre contra o tempo para chegar em casa e celebrar o aniversário de sua família. No entanto, um imprevisto catastrófico o interrompe bruscamente: um túnel desaba, aprisionando-o em meio aos escombros. A partir daí, acompanhamos a luta desesperada de Jung-Su pela sobrevivência, enquanto o mundo exterior tenta, com mais ou menos sucesso, resgatá-lo. A trama é essencialmente minimalista, focando na experiência interna do personagem e na crescente tensão que se instala a cada minuto.

A direção de Kim Sung-hoon é magistral. Ele equilibra brilhantemente o suspense claustrofóbico do espaço confinado com as imagens externas, que retratam a caótica reação da sociedade à tragédia. A câmera, muitas vezes próxima a Jung-Su, nos faz sentir a angústia e o desespero da situação, criando uma imersão total no drama. O roteiro, também escrito por Kim Sung-hoon, é inteligentemente construído. A narrativa alterna entre a luta solitária de Jung-Su e os esforços da equipe de resgate, a imprensa e os afetados pela catástrofe, criando uma complexa teia de emoções e perspectivas.

AtributoDetalhe
Diretor김성훈
Roteirista김성훈
ProdutoresYoo Jae-hwan, Lee Taek-Dong, Kim A-Ran, Lee Dong-yoon, 장원석, Kim Ji-hoon
Elenco Principal하정우, 배두나, 오달수, 신정근, 남지현
GêneroThriller, Drama
Ano de Lançamento2016
ProdutorasBA Entertainment, Showbox

As atuações são excepcionais. Ha Jung-woo, no papel de Jung-Su, entrega uma performance visceral, transmitindo uma gama completa de emoções – do pavor inicial ao desespero, da esperança à quase desintegração mental. Os atores coadjuvantes, incluindo Bae Doona como a esposa Se-hyun, também contribuem para a riqueza emocional da narrativa. A construção dos personagens é concisa mas eficaz, permitindo que nos conectemos profundamente com seus medos e esperanças.

Um dos pontos fortes do filme é sua capacidade de explorar, com sutileza, temas complexos como a fragilidade da vida, a importância das relações familiares e a natureza da mídia em momentos de crise. A maneira como a imprensa é retratada, por exemplo, é sutilmente crítica, destacando a busca por sensacionalismo em detrimento da verdade e do respeito às vítimas. No entanto, o filme também peca por uma certa previsibilidade em alguns momentos, o que poderia ter sido mitigado com um aprofundamento em alguns aspectos da psique de Jung-Su.

Apesar dessa pequena ressalva, O Túnel é um filme memorável. Ele transcende o gênero de desastre, oferecendo uma reflexão profunda sobre a condição humana em sua essência. A experiência de assistir a este longa-metragem é quase espiritual, uma jornada introspectiva e angustiante, que persiste na memória muito tempo depois dos créditos finais. Em 2025, o filme ainda se mantém como um marco do cinema sul-coreano, e continua altamente recomendado para aqueles que apreciam thrillers tensos e emocionalmente poderosos, disponíveis em diversas plataformas digitais. Em suma, uma experiência cinematográfica inesquecível que recomendo sem reservas.

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