One Hit Wonder: Um Filme que Resgata a Doçura Agridoce dos Sonhos
Saiu ontem, 18 de setembro de 2025, e já estou aqui, ainda sob o encanto (e algumas ressalvas) de One Hit Wonder, o novo longa-metragem de Marla Ancheta. A trama acompanha Entoy e Lorina, dois jovens sonhadores que buscam a glória no universo pop dos anos 90. A sinopse vende um romance musical com pitadas de drama, e de certa forma, cumpre a promessa, mas com nuances que o elevam além do previsível.
A direção de Ancheta é, sem dúvida, um dos pontos altos do filme. A estética dos anos 90 é caprichada, não se limitando a um apelo nostálgico superficial. A escolha das cores, a composição de cena, tudo respira a atmosfera daquela década, mas sem cair no anacronismo caricato. O ritmo, embora um pouco arrastado em alguns momentos, se justifica pela construção gradual da relação entre Entoy e Lorina, que é o verdadeiro coração do filme.
O roteiro, também assinado por Ancheta, apresenta alguns clichês do gênero romance, é verdade. Mas a força do filme reside na forma como esses clichês são recontextualizados, dando espaço para personagens mais complexos e menos estereotipados do que o esperado. A jornada dos protagonistas não é apenas sobre alcançar a fama, mas sobre amadurecimento, resiliência e a descoberta do verdadeiro significado do sucesso.
Atributo | Detalhe |
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Diretor | Marla Ancheta |
Roteirista | Marla Ancheta |
Elenco Principal | Khalil Ramos, Sue Ramirez, Romnick Sarmenta, Gelli De Belen, Gladys Reyes |
Gênero | Romance, Música, Drama |
Ano de Lançamento | 2025 |
Produtora | Lucid Dreams Creatives |
Khalil Ramos e Sue Ramirez demonstram uma química incrível como Entoy e Lorina. Ambos transmitem com naturalidade a vulnerabilidade e a determinação de seus personagens, entregando performances genuínas e emotivas. O elenco de apoio, com nomes como Romnick Sarmenta, Gelli De Belen e Gladys Reyes, contribui para enriquecer a narrativa com nuances e profundidade.
Apesar de seus pontos fortes, One Hit Wonder não está isento de falhas. Há momentos em que o roteiro se perde em subplots que poderiam ter sido mais concisos, diminuindo o impacto da história principal. Algumas escolhas musicais, embora coerentes com o contexto, poderiam ter sido mais ousadas, mais memoráveis.
O filme toca em temas relevantes, como a pressão por sucesso na indústria musical, a importância da amizade e da família, e a luta pela auto-realização. A mensagem central, que transcende a busca pela fama passageira, é uma mensagem de esperança e perseverança, algo que, em tempos tão incertos, soa como um bálsamo. Em muitos aspectos, a obra transcende o mero entretenimento, convidando a uma reflexão mais profunda sobre os nossos próprios sonhos e ambições.
No fim das contas, One Hit Wonder é uma produção que conquista pela sua sensibilidade e pela entrega honesta de seus atores. Não é uma obra-prima, mas uma experiência cinematográfica agradável e significativa. Recomendo fortemente a todos que apreciam romances com um toque de nostalgia e uma pitada de drama, principalmente aqueles que buscam uma história inspiradora e com personagens cativantes. Se você está em busca de um filme leve, porém com uma carga emocional significativa, One Hit Wonder é uma ótima pedida para assistir nas plataformas digitais ainda este mês. Apesar de seus pequenos defeitos, a beleza da história e a performance dos atores o elevam para uma experiência inesquecível, que provavelmente ficará na memória dos espectadores por muito tempo.