Os Bad Boys

Bad Boys: Uma Bomba de Adrenalina com Risadas Garantidas (ou Não?) – Resenha de 2025

Olha, vamos ser sinceros: em 1995, assistir a Bad Boys era como tomar um energético diretamente nas veias. Era Michael Bay em sua forma mais pura, explosiva, e antes de ele cair naquela fórmula de “mais é mais” que, convenhamos, às vezes cansa. O filme, que estreou no Brasil em 7 de julho de 1995, conta a história de Mike Lowrey e Marcus Burnett, dois detetives da polícia de Miami com personalidades opostas – um durão e um medroso – que precisam recuperar um carregamento de heroína roubado antes que suas carreiras (e possivelmente suas vidas) sejam destruídas. Simples, eficaz, e com um gancho que nos prende logo de cara: a possibilidade de uma grande confusão.

A sinopse, de tão básica, quase te enganaria. Parece um filme policial genérico, certo? Mas Bad Boys é muito mais do que isso. É um exercício frenético de ação, costurado com um humor ácido e um tipo de amizade masculina, explosiva e tóxica na medida certa, que se tornou um marco dos anos 90. Will Smith, no auge de sua estrela ascendente, entrega um Mike Lowrey cínico, sarcástico e letal, com a energia de um furacão. Martin Lawrence, por sua vez, é o Marcus Burnett, o contraponto hilário e apavorado de Lowrey, que rouba a cena com sua comédia física e frases memoráveis. A química entre os dois é indiscutível, carregando o filme nas costas e tornando-o um clássico buddy cop. A direção de Bay, apesar da sua estética que hoje em dia pode parecer datada, é enérgica e, por incrível que pareça, eficiente.

O roteiro, apesar de previsível em alguns momentos, acerta o tom na maioria das vezes. A construção da dupla principal é perfeita, e os diálogos rápidos e espirituosos carregam o filme mesmo em momentos de ação menos elaborados. Até mesmo os personagens secundários, como a informante Julie Mott (Téa Leoni), que adiciona um toque de romantismo e tensão, e o traficante Fouchet (Tchéky Karyo), conseguem cumprir seus papéis de forma convincente. Joe Pantoliano como o Capitão Howard, aliás, entrega uma atuação impecável. A atmosfera de Miami, a estética vibrante e o uso de efeitos especiais (para a época, revolucionários) contribuem para a experiência imersiva.

AtributoDetalhe
DiretorMichael Bay
RoteiristasMichael Barrie, Jim Mulholland, Doug Richardson
ProdutoresJerry Bruckheimer, Don Simpson
Elenco PrincipalWill Smith, Martin Lawrence, Téa Leoni, Tchéky Karyo, Joe Pantoliano
GêneroAção, Comédia, Crime, Thriller
Ano de Lançamento1995
ProdutorasColumbia Pictures, Don Simpson/Jerry Bruckheimer Films

Agora, é hora de ser franco: Bad Boys não é um filme perfeito. Em 2025, alguns aspectos podem parecer um pouco desatualizados. A violência é exagerada, e alguns aspectos da trama parecem um pouco superficiais. A direção de Michael Bay, que eu sempre admirei, às vezes se entrega a excessos que, analisando com mais calma, poderiam ter sido evitados. Mas, e esse é o ponto crucial, isso não diminui o impacto do filme. Ele é divertido, eletrizante, e seu legado cultural é inegável.

O filme se sustenta em seus temas principais: a amizade (mesmo que um pouco tóxica), a sobrevivência em um ambiente hostil e, claro, a ação frenética. A mensagem implícita, talvez, seja a de que até mesmo os policiais mais descolados podem ter seus dilemas e vulnerabilidades. Mesmo sendo um filme claramente centrado na ação, a dinâmica entre Mike e Marcus adiciona profundidade, tornando a obra mais rica do que uma simples pancadaria.

Algumas críticas que li em 1995, e que ainda leio ocasionalmente em plataformas digitais, apontam para o incômodo que o filme pode causar em certos espectadores. Concordo parcialmente com essa percepção. Bad Boys não é um filme sutil, e seu humor pode não agradar a todos. Mas, como mencionaram outras críticas, sua energia contagiante e a química entre Smith e Lawrence são o suficiente para compensar suas falhas.

Em resumo, Bad Boys, visto em 2025, continua sendo um delicioso pedaço de nostalgia dos anos 90. Se você quer um filme de ação puro e sem frescuras, com doses generosas de humor e uma amizade masculina que transborda na tela, vale a pena assistir. Só não espere um filme profundo ou reflexivo. Espere explosões, perseguições e muita diversão. Recomendo fortemente para quem curte ação, comédia e uma boa dose de “guilty pleasure”. Você vai rir, vai se estressar e vai se divertir. Garanto.

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