Os Thundermans: Disfarçados – Uma Nova Missão, Velhos Problemas?
Lançada em 2025, a série Os Thundermans: Disfarçados chega como uma sequência esperada, mas também arriscada, do sucesso juvenil dos Thundermans. A premissa é simples: Phoebe, Max e Chloe são enviados em uma missão secreta que os obriga a mudar de identidade e se estabelecer em uma nova cidade, deixando os gêmeos superpoderosos responsáveis pela caçula. A trama mantém a essência da série original, apostando em ação, comédia e, claro, os conflitos hilários entre os irmãos Thunderman. Mas será que essa nova aventura consegue superar o sucesso da original?
Direção, Roteiro e Atuações: Um Cocktail de Familiaridade e Surpresa
A série mantém a pegada leve e divertida que tornou os Thundermans tão populares. A direção, embora não inovadora, é competente, servindo bem a narrativa sem nunca roubar a cena. O roteiro, por sua vez, apresenta um desafio: equilibrar a nostalgia para os fãs antigos com a necessidade de atrair novos espectadores. Em alguns momentos, a fórmula se repete um pouco demais, com piadas previsíveis e situações já vistas. No entanto, há momentos de brilho, com reviravoltas inteligentes na trama principal e uma boa dose de humor negro, que surpreende positivamente em alguns episódios.
O elenco original, liderado por Kira Kosarin e Jack Griffo, demonstra uma química incrível, que transborda da tela. A dinâmica entre Phoebe e Max continua sendo o coração da série, e a adição de novos personagens, como Jinx e Kombucha, injeta um frescor necessário. Maya Le Clark, como Chloe, evolui naturalmente, mostrando um crescimento na sua personagem que não se apoia em fórmulas manjadas de “irmã mais nova”. A performance madura dela é um dos destaques desta nova temporada. A atuação, em geral, é consistente, entregando interpretações que encaixam perfeitamente no tom leve e divertido da série.
| Atributo | Detalhe |
|---|---|
| Criador | Jed Spingarn |
| Elenco Principal | Kira Kosarin, Jack Griffo, Maya Le Clark, Nathan Broxton, Kinley Cunningham |
| Gênero | Action & Adventure, Kids, Ficção Científica e Fantasia |
| Ano de Lançamento | 2025 |
| Produtora | Nickelodeon Productions |
Pontos Fortes e Fracos: Uma Balança Delicada
O maior trunfo da série é, sem dúvida, a química entre o elenco e o carisma dos personagens. A nostalgia também funciona como um forte atrativo para os fãs da série original. A criatividade em algumas reviravoltas da trama, que foge do óbvio, é bem-vinda. Entretanto, a série peca pela previsibilidade em alguns momentos e a repetição de fórmulas já exploradas anteriormente. A tentativa de equilibrar humor e ação nem sempre funciona perfeitamente, com alguns episódios ficando mais focados em um aspecto em detrimento do outro. Para alguns, a adição de novos personagens talvez não tenha sido tão bem-sucedida, mas pessoalmente, eu gostei muito dos novos rostos.
Temas e Mensagens: Família, Responsabilidade e Crescimento
Embora seja uma série voltada para o público infanto-juvenil, Os Thundermans: Disfarçados aborda temas relevantes, como a importância da família, a responsabilidade e o crescimento pessoal. As dificuldades dos gêmeos em cuidar da Chloe, por exemplo, servem como uma metáfora para as responsabilidades que acompanham a vida adulta, mesmo de forma sutil e voltada para o público-alvo. A mensagem subjacente é positiva e reforça valores importantes para a formação de crianças e adolescentes.
Conclusão: Uma Nova Missão com Resultados Mistos
Em resumo, Os Thundermans: Disfarçados é uma série divertida e com momentos de brilho, mas que também sofre com os problemas de uma premissa um pouco batida. A química do elenco, aliada a alguns momentos de roteiro brilhantes, salva a série de ser completamente previsível. Recomendo a série para fãs da série original e para quem busca uma comédia leve e familiar para assistir em família. A nota final é um 7/10, um bom entretenimento, mas sem grandes inovações. A esperança é que, em futuras temporadas, a série consiga explorar seu potencial criativo de forma mais consistente. O futuro da série depende, em grande parte, da sua capacidade de fugir da repetição e de abraçar mais a criatividade em seus roteiros.




