Premonição: Um Clássico do Terror que Continua a Assombrar (2000)
Vinte e cinco anos se passaram desde que a New Line Cinema nos presenteou com Premonição, um filme que, apesar de suas previsíveis armadilhas do subgênero “morte adolescente”, conseguiu se estabelecer como um marco no terror juvenil. Em 2000, o longa-metragem chegou aos cinemas brasileiros em 14 de julho e, até hoje, continua a gerar debates acalorados entre os fãs do gênero. A premissa é simples: Alex Browning tem uma visão horripilante do acidente que irá dizimar seu voo para Paris, levando-o a tomar uma decisão desesperada que mudará para sempre a vida dele e de seus amigos. O que se segue é uma angustiante corrida contra o tempo, enquanto a Morte, implacável e criativa, persegue cada um deles, um a um.
A direção de James Wong, que também assina o roteiro juntamente com Jeffrey Reddick e Glen Morgan, é eficiente em criar uma atmosfera tensa e claustrofóbica. Wong equilibra o suspense com momentos de gore, sem cair em excessos gratuitos. A câmera, muitas vezes em close-up, intensifica a angústia dos personagens, deixando o espectador na pele deles. A trilha sonora contribui significativamente para a construção da tensão, com arranjos pontuais que se encaixam perfeitamente às cenas de terror. O roteiro, apesar de seguir a fórmula consagrada do “quem morre e como”, apresenta algumas reviravoltas inteligentes que mantêm o espectador envolvido. A trama, contudo, não se sustenta tão bem no ato final; a explicação para os eventos, embora curiosa, soa algo forçada.
O elenco, composto por jovens atores relativamente desconhecidos na época, é um dos pontos altos do filme. Devon Sawa, como Alex, carrega o peso da narrativa com maestria, transmitindo a angústia e o pânico de forma convincente. Ali Larter, como Clear Rivers, entrega uma performance igualmente forte, e o restante do elenco complementa bem a dinâmica do grupo. Não são atuações premiáveis, mas cumprem seu papel com eficácia.
Atributo | Detalhe |
---|---|
Diretor | James Wong |
Roteiristas | James Wong, Jeffrey Reddick, Glen Morgan |
Produtores | Warren Zide, Craig Perry, Glen Morgan |
Elenco Principal | Devon Sawa, Ali Larter, Kerr Smith, Kristen Cloke, Daniel Roebuck |
Gênero | Terror |
Ano de Lançamento | 2000 |
Produtoras | Hard Eight Pictures, New Line Cinema, Zide-Perry Productions |
Um dos pontos fortes de Premonição é, sem dúvidas, a criatividade na maneira como a Morte ceifa suas vítimas. As mortes são engenhosas, bizarras e visualmente impactantes, elevando o nível de tensão. A inventividade em cada cena de morte se torna um elemento-chave de entretenimento, uma marca registrada que a franquia soube manter ao longo de suas sequências. Entretanto, o filme peca por utilizar-se demasiadamente de clichês do terror adolescente, previsíveis e que facilmente poderiam ter sido evitados. O ritmo do filme, que é frenético nas primeiras partes, diminui consideravelmente no final, perdendo o fôlego que o sustentava.
Premonição explora temas como o destino, a mortalidade e a fragilidade da vida. A ideia de desafiar a ordem natural das coisas, de “enganar a morte”, é central na trama. Apesar da obviedade, a mensagem – de que é impossível escapar do destino – ressoa de forma eficaz. O filme não busca profundidades filosóficas, mas deixa uma sensação de inquietude que perdura mesmo após os créditos finais. A recepção da crítica na época da estreia em 2000 foi bastante positiva, recebendo elogios pela originalidade da premissa, apesar de reconhecer alguns de seus defeitos. Em 2025, podemos dizer que o filme se tornou um clássico cult, mantendo um público fiel.
Em conclusão, Premonição é um filme de terror divertido e eficiente, apesar de seus defeitos. Sua premissa inovadora e as cenas de morte criativas compensam as falhas no roteiro e no ritmo. Se você é um fã do gênero ou se busca um filme de suspense com doses de gore, Premonição ainda vale a pena ser assistido, especialmente em plataformas de streaming. É um passeio nostálgico por um terror que, apesar de suas limitações, marcou uma geração. Recomendado, mesmo que para alguns, o final soe desapontador.