Primitive War

Primitive War: Dinossauros no Vietnã? Uma Surpresa que Vale a Pena (ou Não?)

Mal saímos de agosto e já estou aqui, desenterrando impressões sobre um filme que me deixou, digamos, perplexo. Primitive War, lançado no Brasil em 22 de agosto, promete – e entrega, em partes – uma experiência cinematográfica singular. A sinopse, em poucas palavras, apresenta um pelotão norte-americano perdido na selva vietnamita durante a guerra, que se depara com uma ameaça bem mais antiga do que o Viet Cong: dinossauros. Sim, você leu certo.

A direção de Luke Sparke, que também assina o roteiro, é um ponto que merece destaque, mesmo com suas falhas. Há momentos de verdadeira tensão, construídos com maestria, em que a atmosfera opressiva da floresta se junta ao terror primordial de se deparar com répteis gigantescos. A fotografia, escura e claustrofóbica, contribui para a atmosfera de suspense, criando um contraste interessante entre a realidade brutal da guerra e a irrealidade fantástica dos dinossauros. Entretanto, a trama peca em alguns momentos por falta de coesão, com alguns saltos narrativos que deixam o espectador um tanto perdido. A premissa, tão promissora, poderia ter sido explorada com maior profundidade, e alguns personagens se perdem em meio a um desenvolvimento superficial.

O elenco, apesar de contar com nomes conhecidos como Jeremy Piven, Tricia Helfer e Ryan Kwanten, não entrega atuações memoráveis. Piven, como o Coronel Jericho, se esforça para imprimir autoridade, mas o roteiro não o ajuda muito. Já Helfer e Kwanten cumprem seus papeis de forma competente, mas sem grandes brilhos. A atuação como um todo não compromete, mas também não eleva o filme a um patamar superior.

AtributoDetalhe
DiretorLuke Sparke
RoteiristaLuke Sparke
ProdutoresCarmel Imrie, Carly Sparke, Luke Sparke
Elenco PrincipalJeremy Piven, Tricia Helfer, Ryan Kwanten, Nick Wechsler, Anthony Ingruber
GêneroAção, Terror, Guerra
Ano de Lançamento2025
ProdutoraSparke Films

Um dos pontos fortes de Primitive War é, sem dúvida, a ousadia. A mistura de guerra, survival horror e elementos pré-históricos é uma aposta arriscada que, em certos momentos, funciona brilhantemente. A ideia de uma unidade militar enfrentando não apenas um inimigo humano, mas também criaturas pré-históricas, é inegavelmente intrigante. Mas é precisamente essa ousadia que se torna seu calcanhar de Aquiles. A falta de um desenvolvimento mais consistente dos temas – a brutalidade da guerra, a fragilidade humana diante do desconhecido, o impacto ecológico – impede que o filme alcance seu pleno potencial.

Em resumo, Primitive War é um filme que se divide entre o brilhante e o mediano. Seu ponto alto reside na criativa e inesperada premissa, que entrega momentos de suspense genuíno e cenas de ação bem coreografadas. No entanto, a trama irregular e as atuações sem grandes destaques impedem que o longa alcance a excelência. Recomendaria a sua exibição? Depende. Se você procura um filme de ação com uma pitada de horror e uma boa dose de bizarrice, Primitive War pode lhe agradar. Mas, se espera algo mais profundo, prepare-se para uma experiência irregular, que, apesar de tudo, permanece memorável por sua ousadia. Vale a pena, mas com ressalvas. A nota final? Um 6,5/10.

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