Cunhado Psicótico

Cunhado Psicótico: Um thriller que te deixa na ponta da cadeira (mas com algumas ressalvas)

Oito anos se passaram desde que Cunhado Psicótico chegou às plataformas digitais em 2017, e, mesmo com a enxurrada de produções que inundam o mercado de streaming, este thriller independente ainda me intriga. Não por sua originalidade revolucionária – ela não a possui – mas pela forma eficaz, embora um tanto tosca, como consegue prender a atenção. A premissa é simples: Kate, uma esposa cujo marido trabalha longas jornadas, encontra consolo e, inicialmente, apoio no cunhado, David. Porém, uma mudança sutil, insidiosa, em seu comportamento revela uma obsessão perturbadora que a coloca em risco.

A direção de Jose Montesinos, também responsável pelo roteiro em parceria com Delondra Williams, é um ponto a ser analisado com cautela. Há momentos de suspense genuíno, com a câmera explorando os espaços fechados com eficácia, criando uma atmosfera claustrofóbica que intensifica a sensação de perigo iminente. Por outro lado, algumas escolhas de enquadramento soam amadoras, e a edição, em alguns pontos, se mostra um pouco abrupta, quebrando o ritmo da narrativa. A fotografia, apesar de simples, serve bem ao propósito da trama, transmitindo a sensação de crescente tensão.

O roteiro, apesar da simplicidade, é eficiente no que se propõe. Ele não se preocupa em construir personagens complexos, mas sim em criar uma narrativa que prende o espectador até o fim. É um thriller de baixo orçamento, e isso é perceptível, mas a força da premissa e algumas reviravoltas esperadas, porém bem-executadas, garantem uma experiência razoavelmente satisfatória.

AtributoDetalhe
DiretorJose Montesinos
RoteiristasJose Montesinos, Delondra Williams
ProdutorDavid Michael Latt
Elenco PrincipalBrittany Falardeau, Mike Duff, Zack Gold, Daisun Cohn-Williams, Megan Ashley Brown
GêneroCinema TV, Thriller
Ano de Lançamento2017
ProdutoraThe Asylum

As atuações são um ponto de divergência. Brittany Falardeau, como Kate, consegue transmitir a angústia e o medo com credibilidade. Zack Gold, como o cunhado psicótico, é convincente no seu retrato de um homem que escorrega lentamente para a loucura. Os demais atores cumprem seus papéis de forma aceitável, sem grandes destaques.

A força de Cunhado Psicótico reside em sua capacidade de gerar suspense, mesmo com recursos limitados. A construção da tensão é eficaz, mantendo o espectador atento aos mínimos detalhes, à espera da próxima ação do perturbador David. O filme, no entanto, peca pela previsibilidade. Quem está acostumado ao gênero logo antecipará alguns desdobramentos da trama, o que, apesar de não diminuir o suspense, torna a experiência menos impactante.

Os temas abordados são clássicos do thriller psicológico: a fragilidade da mente humana, a obsessão, e o medo do desconhecido que se encontra dentro de casa, naqueles que se supõe serem próximos. A mensagem, embora implícita, fala sobre a importância de estar atento aos sinais de alerta e de buscar ajuda quando necessário.

Em resumo, Cunhado Psicótico é um thriller funcional. Não espere um filme memorável ou repleto de inovações, mas sim uma produção que cumpre o seu propósito: entreter. A simplicidade da trama e a tensão crescente garantem um entretenimento razoável para uma noite de sexta-feira. Recomendaria o filme para aqueles que buscam um thriller leve, sem grandes pretensões artísticas, mas que oferece uma experiência competente dentro dos seus limites de produção. Para os amantes de thrillers complexos e cheios de reviravoltas inesperadas, talvez ele deixe a desejar. Mas, como um passatempo despretensioso, ele cumpre a sua tarefa.

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