Queima de Arquivo: Regenerado – Uma Chamusca sem Fogo
Lançado em 2022, “Queima de Arquivo: Regenerado” prometia, pelo menos no papel, uma experiência tensa e repleta de ação. A sinopse, que acompanha o Marechal Mason Pollard, um especialista em fazer pessoas desaparecerem sem deixar rastros, já apontava para um thriller policial cheio de suspense. Com um elenco que inclui nomes como Dominic Sherwood, Jacky Lai e McKinley Belcher III, as expectativas – admito – eram razoavelmente altas. Mas, três anos depois, olhando para trás, a realidade se mostra bem diferente do que o marketing sugeriu.
Uma Engrenagem Desgastada
A premissa é intrigante, sem dúvida. A ideia de um agente do governo especializado em orquestrar a falsa morte de testemunhas protegidas tem potencial dramático enorme. No entanto, o roteiro de Michael D. Weiss falha miseravelmente em explorá-lo. A história se arrasta, presa em uma sucessão de cenas de ação genéricas e diálogos previsíveis, que soam tão artificiais quanto os cenários em que se desenrolam. John Pogue, na direção, não consegue imprimir um ritmo dinâmico, deixando o filme pesado e monótono. A tentativa de criar suspense se resume a sustos baratos e reviravoltas óbvias que um espectador mediano prevê com facilidade.
A atuação também não salva a produção. Dominic Sherwood, como o Marechal Pollard, parece perdido em um personagem sem profundidade. Sua performance é tão inexpressiva que se torna difícil se conectar com suas motivações ou mesmo com seu sofrimento. Os demais atores, embora talentosos em outras produções, parecem aprisionados por um material fraco, sem espaço para realmente brilharem. McKinley Belcher III, por exemplo, que brilhou em “Marriage Story”, aqui se limita a entregar frases de efeito sem o impacto que suas habilidades merecem.
| Atributo | Detalhe |
|---|---|
| Diretor | John Pogue |
| Roteirista | Michael D. Weiss |
| Produtores | Hunt Lowry, Patty Reed |
| Elenco Principal | Dominic Sherwood, Jacky Lai, McKinley Belcher III, Eddie Ramos, Nathan Castle |
| Gênero | Ação, Crime, Thriller |
| Ano de Lançamento | 2022 |
| Produtoras | Warner Bros. Home Entertainment Group, Roserock Films |
O Peso do “Regenerado”
O título “Regenerado” é, talvez, a parte mais problemática do filme. Ele evoca a ideia de uma sequência, uma continuação digna de um clássico. Mas, a verdade é que, exceto pela repetição da frase “Você foi apagado”, que parece um apelo desesperado à nostalgia, “Regenerado” não tem absolutamente nenhuma relação com o original de 1996. É, na verdade, uma apropriação de marca sem justificativa, que demonstra uma completa falta de criatividade e respeito ao filme que o antecedeu.
A crítica que citei no briefing – “Just another lame direct-to-video film…” – reflete, com precisão cirúrgica, a experiência de assistir a este filme. É um filme insosso, genérico, que se perde em uma trama confusa e sem emoção. Até os temas, que poderiam ser explorados com profundidade – como a ética da proteção de testemunhas, os dilemas morais de um agente que manipula a vida das pessoas –, são tratados superficialmente, sem a sensibilidade necessária.
Um Sinal de Alerta para o Streaming
Apesar do elenco, “Queima de Arquivo: Regenerado” é um exemplo de como uma premissa promissora pode ser completamente desperdiçada por uma execução pobre. O filme não entrega nada além de uma experiência frustrante, deixando um gosto amargo de oportunidade perdida. A Warner Bros. Home Entertainment Group e Roserock Films deveriam ter investido mais cuidado na construção deste longa-metragem. Em 2025, olhando para o catálogo de streaming, esta obra se destaca como um aviso para quem busca um bom thriller de ação: fuja desta chamusca sem fogo. A recomendação é: assista a algo melhor. Há muito mais conteúdo de qualidade nas plataformas digitais disponíveis atualmente.




