Risco Máximo: Uma Ação Frenética que Deixa a Gostinho de “Queria Mais”
Oito anos se passaram desde que Risco Máximo chegou às plataformas digitais em 2017, e, revisitando-o agora em 24/09/2025, me peguei pensando em como este filme de ação e suspense, apesar de seus defeitos, consegue prender a atenção de forma inegável. A história acompanha Thomas, um ex-agente federal americano no programa de proteção a testemunhas em Londres, que vê sua vida pacata virada de cabeça para baixo quando sua casa é invadida por engano. O equívoco fatal resulta em vários assassinatos, atraindo a atenção de uma organização implacável que envia o assassino mais perigoso da Europa para eliminá-lo. Com a vida de sua filha em risco, Thomas precisa usar todas as suas habilidades para levá-la a salvo.
A direção de James Nunn é eficiente, entregando uma sequência frenética de ação que, embora às vezes caia em clichês do gênero, mantém o ritmo acelerado. As cenas de luta, protagonizadas pelo sempre competente Scott Adkins, são coreografadas com precisão e mostram a maestria do ator em artes marciais. Há um certo pragmatismo na abordagem de Nunn, que foca na entrega da ação visceral em detrimento de uma construção mais elaborada de personagens e enredo. Essa escolha, apesar de compreensível em um filme do gênero, acaba limitando o potencial dramático da história.
O roteiro, assinado por Bobby Lee Darby e Nathan Brookes, peca pela simplicidade excessiva. A trama é linear e previsível, falhando em explorar o potencial de desenvolvimento dos personagens secundários. O antagonista, Bishop (Stuart Bennett), apesar de imponente fisicamente, carece de profundidade e motivação, reduzindo-se a um mero executor implacável. A relação entre Thomas e sua filha, o motor emocional do filme, também poderia ter sido explorada com mais nuances.
Atributo | Detalhe |
---|---|
Diretor | James Nunn |
Roteiristas | Bobby Lee Darby, Nathan Brookes |
Produtores | Michael J. Luisi, James Harris, Mark Lane |
Elenco Principal | Scott Adkins, Stuart Bennett, Daniel Caltagirone, James Cosmo, Mem Ferda |
Gênero | Ação, Thriller |
Ano de Lançamento | 2017 |
Produtoras | WWE Studios, Tea Shop & Film Company, Voltage Pictures |
Embora o roteiro deixe a desejar, as atuações carregam o filme em alguns momentos. Scott Adkins entrega uma performance sólida, mesclando a brutalidade necessária para as cenas de ação com a vulnerabilidade de um pai desesperado. James Cosmo, como sempre, adiciona peso e credibilidade à narrativa com sua interpretação experiente. O restante do elenco cumpre seu papel de forma eficiente, sem grandes destaques.
Um dos pontos fortes de Risco Máximo reside precisamente na sua simplicidade. Ele não tenta ser mais do que é: um filme de ação com sequências de luta bem executadas e um ritmo acelerado que te mantém grudado na tela. No entanto, essa mesma simplicidade acaba sendo seu calcanhar de Aquiles. A ausência de profundidade narrativa e o desenvolvimento superficial dos personagens são fatores que impedem o longa-metragem de alcançar seu pleno potencial. A falta de inovação no roteiro, repleto de reviravoltas previsíveis, também se torna um obstáculo.
O filme explora temas como a lealdade, a responsabilidade paterna e a busca por justiça. A mensagem central parece ser a força de vontade incansável de um pai em proteger sua família, mesmo diante das circunstâncias mais adversas. No entanto, esses temas são abordados de forma superficial, servindo mais como um pano de fundo para as sequências de ação do que como um elemento central da narrativa.
Em resumo, Risco Máximo é um filme de ação competente, ideal para uma sessão casual de entretenimento. A ação é fluida e bem coreografada, e a performance de Scott Adkins compensa algumas das deficiências do roteiro. No entanto, não espere um filme memorável ou que transcenda os limites do gênero. Se você busca um filme de ação sem compromisso com tramas complexas e personagens profundos, então Risco Máximo pode te agradar. Caso contrário, talvez seja melhor procurar alternativas mais ambiciosas. Recomendo o filme para amantes de ação sem grandes pretensões narrativas.