Robin Hood: A Origem

Robin Hood: A Origem – Uma Flechada Que Errou o Alvo?

Sete anos se passaram desde que Robin Hood: A Origem chegou aos cinemas brasileiros em 21 de novembro de 2018, e a memória do longa permanece nebulosa, um pouco como a Floresta de Sherwood em um dia de nevoeiro denso. A promessa era ousada: uma releitura moderna da lenda clássica, com um visual estilizado e um Taron Egerton no papel principal, buscando repetir o sucesso de “Kingsman”. A realidade, no entanto, é que o filme, apesar de seu elenco talentoso e orçamento robusto, se perdeu em meio à sua própria ambição.

A sinopse, de forma sucinta, apresenta Robin de Loxley retornando das Cruzadas para encontrar Sherwood tomada pelo crime e corrupção, decidindo então lutar pela justiça ao lado de personagens icônicos, como John e Marian. É uma premissa familiar, mas que poderia ter sido revitalizada com criatividade. O problema é que essa revitalização não aconteceu.

Otto Bathurst, na direção, demonstra uma clara intenção de estilizar o filme, inserindo elementos visuais que flertam com um quase steampunk, contrastando com a ambientação medieval. Entretanto, essa tentativa de modernização estética, que, em tese, poderia ter funcionado, se perde num mar de inconsistências visuais e de ritmo. A estética, ao invés de complementar a narrativa, acaba por distrair e, por vezes, até mesmo confundir o espectador.

AtributoDetalhe
DiretorOtto Bathurst
RoteiristasDavid James Kelly, Ben Chandler
ProdutoresLeonardo DiCaprio, Jennifer Davisson, Howard Ellis, Adam Goodman
Elenco PrincipalTaron Egerton, Jamie Foxx, Ben Mendelsohn, Eve Hewson, Jamie Dornan
GêneroAventura, Ação, Thriller, Fantasia
Ano de Lançamento2018
ProdutorasAppian Way, Safehouse Pictures, Summit Entertainment, Thunder Road, TIK Films, EMG Management, Lionsgate

O roteiro, assinado por David James Kelly e Ben Chandler, tropeça na tentativa de atualizar a lenda para um público contemporâneo. A história se torna um amontoado de clichês de ação, sem a profundidade e a complexidade emocional que uma história com tamanha bagagem histórica merece. As reviravoltas são previsíveis e o desenvolvimento dos personagens, especialmente o próprio Robin Hood, é superficial. O carisma de Taron Egerton não consegue compensar integralmente essas deficiências, embora ele faça o seu melhor com o material disponível. Jamie Foxx, como John, e Eve Hewson, como Marian, contribuem com atuações sólidas, mas não conseguem elevar o filme acima da mediocridade. Ben Mendelsohn, como o Sheriff de Nottingham, quase rouba a cena com sua interpretação caricata, mas mesmo assim se vê preso a um papel mal desenvolvido.

Embora o longa-metragem conte com um elenco estelar e uma produção de peso – com nomes como Leonardo DiCaprio entre os produtores – a impressão que fica é a de um potencial desperdiçado. Os pontos fortes se resumem à estética parcialmente bem-sucedida e às performances individuais dos atores, que demonstram um talento muito superior ao roteiro e à direção. Os fracassos, porém, são gritantes: o roteiro desengonçado, a direção sem foco e a falta de uma identidade narrativa consistente. A tentativa de ser ao mesmo tempo um filme de ação, um thriller e uma aventura romântica resulta em uma confusão genérica.

Em termos de temas e mensagens, o filme parece querer abordar justiça social e corrupção, mas não aprofunda essas questões. A mensagem fica diluída em meio às cenas de ação frenéticas, sem a profundidade filosófica ou o peso emocional necessários para criar um impacto real no espectador. A sensação é que o filme se contenta em apresentar a superfície de uma história rica e complexa, sem explorar as suas nuances e profundidades.

Ao analisar as críticas da época de seu lançamento e compará-las com minha experiência atual, posso dizer que concordo com a crítica geral de que Robin Hood: A Origem é uma oportunidade perdida. Apesar de ter elementos que poderiam ter funcionado, o resultado final é decepcionante. Não recomendo o filme para quem busca uma experiência cinematográfica memorável ou uma releitura profunda da lenda de Robin Hood. Se você for procurar este filme em plataformas digitais, procure antes uma opção alternativa, pois ele não vale o tempo de visualização, especialmente para quem busca um filme realmente impactante. Ele serve, no máximo, como um estudo de caso sobre como um grande orçamento e um elenco talentoso podem ser insuficientes para salvar um filme com uma trama fraca e uma direção pouco inspirada.

Trailer

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