Uma História Real de Paixão e Cinema
Eu me lembro vividamente da primeira vez que ouvi a história de Liz Evans, uma cabeleireira e líder de um teatro juvenil em Carmarthen, País de Gales, que começou uma campanha em 1993 para salvar o teatro Lyric do fechamento. Foi como se eu tivesse sido transportado para um mundo onde a paixão e a determinação podiam mudar o curso da história. É essa mesma história que o filme Save the Cinema busca capturar, com Samantha Morton interpretando Liz Evans e Tom Felton como o então prefeito de Carmarthen, Richard Goodridge.
A ideia de que uma campanha liderada por uma comunidade local, com a ajuda de uma personalidade como Steven Spielberg, pudesse garantir a estreia especial de “Jurassic Park” e, consequentemente, salvar um teatro da extinção, é, sem dúvida, fascinante. No entanto, a pergunta que resta é se o filme consegue traduzir essa fascinação para a tela de forma eficaz. Para mim, a resposta é um pouco mais complexa do que um simples “sim” ou “não”.
Entre a Realidade e a Ficção
Save the Cinema é um filme que se baseia em uma história real, mas que também não hesita em agregar elementos fictícios para enriquecer a narrativa. Isso pode ser visto como uma abordagem inteligente para manter o interesse do público, mas também corre o risco de desvirtuar a essência da história original. A diretora Sara Sugarman e o roteirista Piers Ashworth enfrentam o desafio de equilibrar a fidelidade à verdade com a necessidade de entretenimento, um desafio que não é fácil de superar.
O elenco, que inclui Jonathan Pryce, Owain Yeoman e Susan Wokoma, traz profundidade e nuances aos personagens, o que é essencial para manter o filme atraente. No entanto, em alguns momentos, a atuação pode parecer um pouco forçada, como se os atores estivessem lutando para dar vida a personagens que, em certos aspectos, parecem um pouco unidimensionais. É como se estivessem tentando preencher lacunas na narrativa com pura emoção, o que, embora admirável, não sempre é suficiente.
| Atributo | Detalhe |
|---|---|
| Diretora | Sara Sugarman |
| Roteirista | Piers Ashworth |
| Produtores | Pauline Burt, Matt Williams, Karl Hall, Piers Tempest |
| Elenco Principal | Samantha Morton, Tom Felton, Jonathan Pryce, Owain Yeoman, Susan Wokoma |
| Gênero | Drama, Comédia |
| Ano de Lançamento | 2022 |
| Produtoras | Sky Cinema, FAE Film and Television, Head Gear Films, Kreo Films, Metrol Technology, Future Artists Entertainment |
A Magia do Cinema
O que Save the Cinema faz bem é capturar a magia do cinema como uma força capaz de unir pessoas e mudar vidas. A paixão de Liz Evans pelo teatro Lyric e sua determinação em salvá-lo são contagiantes, e é impossível não se sentir inspirado pela sua história. O filme também destaca a importância da comunidade e do apoio mútuo, mostrando como, juntos, as pessoas podem alcançar coisas incríveis.
No entanto, a execução não é sempre impecável. Em alguns momentos, o filme pode parecer um pouco superficial, mais focado em transmitir uma mensagem do que em explorar as complexidades da história. É como se estivessem tentando contar uma história épica em um tempo muito curto, o que resulta em alguns pontos sendo um pouco apressados ou simplificados.
Conclusão
Save the Cinema é um filme que, embora tenha seus defeitos, managese a capturar a essência de uma história incrível. A paixão e a determinação de Liz Evans são inspiradoras, e o elenco traz vida aos personagens de forma convincente. No entanto, o filme também peca por ser um pouco superficial em alguns momentos e por não explorar completamente as complexidades da história.
Se você é um amante do cinema e está procurando por uma história que celebre a paixão e a comunidade, Save the Cinema pode ser uma boa escolha. No entanto, se está procurando por uma narrativa mais profunda e complexa, pode ser melhor procurar em outro lugar. Para mim, o filme é como um bom amigo – não é perfeito, mas tem um coração de ouro, e isso já é mais do que o suficiente para fazer com que valha a pena assistir.




