Loki

Loki: Um Deus de Travessuras e Tempo

Confesso, estava cético. Mais uma série da Marvel, mais um derivado de um universo já super saturado? Em 2021, quando a primeira temporada de Loki estreou, a minha descrença era quase palpável. Afinal, o Deus da Trapaça, interpretado com maestria por Tom Hiddleston, sempre foi um personagem coadjuvante, um vilão charmoso que roubava a cena, mas raramente a dominava. Eis que Loki não apenas dominou a cena, como redefiniu as expectativas que eu tinha – e provavelmente muitos tinham – para as produções da Casa das Ideias.

A série, sem spoilers, pega o Loki logo após seu furto do Tesseract em Vingadores: Ultimato (2019). A partir daí, ele se vê às voltas com a Autoridade de Variação Temporal (AVT), uma organização quase kafkiana que fiscaliza a linha temporal sagrada. A premissa, por si só, já prometia algo diferente do padrão de super-heróis batendo em vilões. E a promessa foi cumprida em cheio.

O roteiro de Michael Waldron, embora sofra com alguns desvios no final, é ousado e inteligente. A construção da AVT como uma burocracia cósmica, fria e implacável, é genial. A série se utiliza da ficção científica com maestria, explorando paradoxos temporais e múltiplas realidades de forma criativa e – o que é raro em produções de grande escala – coerente. A direção, que varia entre episódios, consegue manter um tom visualmente consistente, elegante e moderno, sem sacrificar a construção da atmosfera única de cada segmento da história.

AtributoDetalhe
CriadorMichael Waldron
ProdutoresTommy Turtle, Rachel Alter
Elenco PrincipalTom Hiddleston, Sophia Di Martino, Wunmi Mosaku, Eugene Cordero, Ke Huy Quan
GêneroDrama, Ficção Científica e Fantasia
Ano de Lançamento2021
ProdutorasMarvel Studios, Kevin Feige Productions

Tom Hiddleston, como sempre, brilha. Ele não apenas interpreta Loki, mas é Loki. Sua performance é complexa, revelando nuances e fragilidades do personagem que antes eram apenas sugeridas. Mas o elenco de apoio também merece aplausos. Sophia Di Martino, como Sylvie, a variante feminina de Loki, rouba a cena com uma interpretação poderosa e surpreendentemente complexa. Wunmi Mosaku como a caçadora B-15 e Eugene Cordero como Casey/K-5E também adicionam profundidade à trama com seus personagens cativantes e muito bem construídos. A participação de Ke Huy Quan como Ouroboros é uma deliciosa surpresa, que ilustra a qualidade do elenco que acompanha Hiddleston.

Um dos pontos fortes da série é a sua capacidade de equilibrar ação, humor e momentos de profunda introspecção. A jornada de Loki é uma exploração fascinante de temas como identidade, livre-arbítrio e o peso das escolhas, numa trama que consegue transcender o universo Marvel em que se insere. Por outro lado, o ritmo da narrativa, por vezes, oscila um pouco, e algumas reviravoltas previsíveis poderiam ter sido melhor trabalhadas.

Em 2025, olhando para trás, posso dizer que Loki superou minhas expectativas. A série é uma prova de que as produções do MCU podem ir além das explosões e lutas épicas, explorando a complexidade de seus personagens e a profundidade de seus temas. A recepção crítica em 2021 foi extremamente positiva, refletindo a qualidade da série, e a expectativa pela segunda e terceira temporadas, prevista para lançamento posterior a 2025, é alta.

Recomendo Loki a todos, inclusive aqueles que, como eu, eram inicialmente céticos. É uma série surpreendente, inteligente, e acima de tudo, extremamente divertida. É uma experiência única e inesquecível que elevou as minhas expectativas para o que uma série de super-heróis pode ser. Se você ainda não assistiu, faça um favor a si mesmo e mergulhe neste universo complexo e cativante do Deus da Trapaça. A experiência vale cada segundo.

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