Star Trek: Discovery

Sabe, tem séries que a gente assiste, se diverte um bocado, e depois elas escorregam da nossa memória, virando apenas uma vaga lembrança em algum canto empoeirado do catálogo de streaming. E tem Star Trek: Discovery. Quando me perguntam por que ainda hoje, em setembro de 2025, sinto a necessidade de falar sobre ela, a resposta é simples: porque ela me cutucou. Não apenas como um crítico que busca as falhas e os acertos, mas como um fã que foi convidado a questionar o que Star Trek poderia e deveria ser no século XXI. É uma série que te agarra pela gola e te arrasta para uma jornada que é, ao mesmo tempo, visceralmente familiar e audaciosamente nova.

Meridianos à parte, a premissa de Discovery é, por si só, um soco no estômago para quem cresceu com a ideia da Federação como um bastião de paz inabalável. Imagine só: depois de um século de um silêncio quase sepulcral, a Federação e o Império Klingon se veem numa guerra que ninguém esperava, mas que parecia inevitável sob a superfície. E no olho desse furacão? Uma oficial da Frota Estelar, Michael Burnham. Michael não é o Capitão Kirk ou Picard; ela é uma mulher forjada em Vulcan, com a lógica enraizada, mas com emoções humanas borbulhando logo abaixo da superfície. Sonequa Martin-Green não apenas interpreta Michael Burnham; ela respira a complexidade, a culpa, a determinação e a solidão da personagem de uma forma que te faz sentir cada dilema, cada decisão pesada. É como observar uma corda esticada ao máximo, pronta para romper, e torcer para que ela aguente.

Além das Estrelas: Uma Odisseia Visual e Emocional

Desde o lançamento em 2017, com Bryan Fuller e Alex Kurtzman na cadeira de criação, Discovery deixou claro que não veio para brincadeira. Lembra quando as críticas pipocavam, elogiando a série como “a mais dinâmica e de ponta produzida até hoje”, com cada episódio sendo puro “entretenimento de tirar o fôlego”? Não era exagero, meu amigo. A produção, a direção e a arte dos atores realmente se elevam, superando o que muitos esperavam da franquia. Não é só sobre as explosões e as batalhas espaciais — que, diga-se de passagem, são de cair o queixo, com efeitos visuais que colocam muitos filmes de cinema no chinelo. É sobre a ambição narrativa que se recusa a ser contida, a “Star Trek SEM LIMITES” que nos foi prometida.

E por falar em atores, que elenco, minha gente! Doug Jones como Saru é uma aula magistral de atuação física e expressividade, mesmo sob camadas de maquiagem. A jornada dele de uma criatura regida pelo medo para um líder destemido é uma das mais gratificantes de se acompanhar. Ele te faz sentir a dor, o crescimento, a sabedoria. Mary Wiseman como Sylvia Tilly traz uma dose tão necessária de humanidade, humor e uma vulnerabilidade que é impossível não se apaixonar. Ela é o lembrete de que mesmo em meio ao caos galáctico, ainda há espaço para a insegurança, a ambição e a gentileza. E o que dizer de Paul Stamets e Dr. Hugh Culber, interpretados por Anthony Rapp e Wilson Cruz? O relacionamento deles é uma tapeçaria tão lindamente tecida de amor, perda e cura que ressoa muito além das fronteiras da ficção científica, representando um marco para a representatividade em Star Trek. Ver o amor deles florescer, ser testado e se fortalecer é um lembrete de que a esperança e a conexão humana (e alienígena!) são sempre possíveis.

AtributoDetalhe
CriadoresBryan Fuller, Alex Kurtzman
Elenco PrincipalSonequa Martin-Green, Doug Jones, Mary Wiseman, Anthony Rapp, Wilson Cruz
GêneroFicção Científica e Fantasia, Action & Adventure, Drama
Ano de Lançamento2017
ProdutorasSecret Hideout, Roddenberry Entertainment, CBS Studios

Um Legado Forjado na Ousadia

Ainda hoje, as produtoras Secret Hideout, Roddenberry Entertainment e CBS Studios merecem aplausos por ousar. Elas sabiam que estavam mexendo com um cânone sagrado, e em vez de recuarem, empurraram os limites. Não é um caminho fácil, né? Construir sobre um universo tão amado e, ao mesmo tempo, tentar inovar pode ser uma faca de dois gumes. Mas Discovery abraçou essa dualidade. Ele se permitiu explorar tons mais sombrios, questionar a utopia da Federação e mergulhar fundo nas falhas e triunfos de seus personagens de uma forma que poucas séries Star Trek haviam feito antes.

Lembro-me das discussões acaloradas na internet quando a série foi lançada, sobre a disponibilidade em serviços de streaming na Europa versus os serviços pagos nos EUA. Essas eram as “dores de crescimento” de uma série que estava redefinindo não apenas o que Star Trek poderia ser, mas também como ela seria consumida pelo público global.

Então, se me perguntam hoje, em 2025, se vale a pena mergulhar de cabeça em Star Trek: Discovery e se deixar levar por essa montanha-russa de ficção científica, ação e drama… minha resposta é um “sim” ressonante. Ela pode não ser a Star Trek que você esperava, mas é, sem dúvida, a Star Trek que precisamos. Ela nos lembra que, mesmo quando a galáxia está em guerra e o futuro é incerto, a esperança reside na coragem de uma oficial, na lealdade de uma tripulação e na busca incessante por um amanhã melhor. E não é isso que Star Trek sempre foi, no fundo, sobre? Uma promessa de que podemos ser mais, fazer mais, e ir mais longe? Exatamente.

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