That’s Amor

Ah, as comédias românticas. Quem de nós não tem uma paixão secreta – ou nem tão secreta assim – por um bom clichê, um encontro improvável e a inevitável jornada de autodescoberta que leva ao “felizes para sempre”? Eu, por exemplo, sempre me pego voltando a elas, especialmente quando o mundo lá fora parece um pouco demais. E é exatamente por isso que, mesmo passados três anos do seu lançamento original, senti o chamado para revisitar ou, para alguns, descobrir, That’s Amor. Porque, convenhamos, num mar de filmes intensos e dramas pesados, às vezes o que a gente mais precisa é daquele abraço cinematográfico, quentinho e previsível, como um prato caseiro feito com carinho.

A premissa de That’s Amor é um terreno familiar para qualquer fã do gênero, e talvez seja aí que resida parte do seu charme. Conhecemos Sofia, interpretada com uma vulnerabilidade palpável por Riley Dandy. Sofia não está apenas tendo um dia ruim; ela está tendo o dia ruim: desempregada e solteira, tudo no mesmo fôlego. A vida, às vezes, adora nos empurrar de um penhasco para ver se a gente aprende a voar, né? E é exatamente isso que acontece com Sofia. Ela precisa recomeçar do zero, e esse “zero” é, como em muitas de nossas próprias vidas, uma mistura agridoce de incerteza e a promessa de algo novo.

Mas não seria uma romcom sem um toque de tempero, e aqui ele vem na forma de Matias, um chef espanhol interpretado pelo carismático Isaac Gonzalez Rossi. A narrativa se desenrola com a leveza de uma brisa mediterrânea, enquanto Sofia se vê, talvez um pouco a contragosto no início, imersa no mundo vibrante da culinária e, claro, no calor do romance. O filme não apenas nos convida a torcer por Sofia em sua jornada profissional, mas também a salivar pelas delícias que Matias e sua cozinha produzem. E olha, o filme sabe usar isso: as cenas na cozinha, com os aromas quase tangíveis e a paixão pela comida, se tornam uma metáfora perfeita para a descoberta da própria Sofia de que, talvez, a vida e o amor sejam mesmo como uma receita: exigem paciência, bons ingredientes e, acima de tudo, um toque de dedicação.

O que me prendeu em That’s Amor não foi a busca por grandes reviravoltas ou um enredo que desafia todas as expectativas. Não, foi a forma como ele abraça sua própria essência. É um filme que entende o que ele é e não tenta ser algo mais. Riley Dandy traz uma mistura de exasperação e esperança a Sofia que é incrivelmente fácil de se identificar. Você vê a rigidez inicial dela cedendo lugar a uma curiosidade genuína e a um sorriso mais solto, e isso é o que faz a mágica acontecer. E Isaac Gonzalez Rossi? Ele tem aquele charme inegável, um olhar que parece dizer “vem cá, a vida é boa, se você souber apreciá-la”. A química entre os dois não é um fogo de artifício explosivo, mas sim uma brasa que aquece devagar, construída em diálogos fofos e momentos de entendimento silencioso, sabe? Aquela sensação de que duas pessoas se encaixam, mesmo quando a lógica grita o contrário.

Atributo Detalhe
Diretor Shaun Paul Piccinino
Roteirista John Ducey
Elenco Principal Riley Dandy, Isaac Gonzalez Rossi, Daniel Edward Mora, Bryan Craig, Arlene Tur, Kimberley Drummond, Christina Moore, Rose Portillo, Suleka Mathew, John Ducey
Gênero Romance, Comédia
Ano de Lançamento 2022
Produtora ESX Entertainment

Além do casal central, o filme é recheado de personagens secundários que dão um sabor especial à história. Daniel Edward Mora como Guillermo, por exemplo, é o mentor e amigo que todo mundo precisa. Ele é a voz da sabedoria, o pilar de apoio que ajuda Sofia a navegar por essa nova fase. E é interessante notar a participação de John Ducey, que além de roteirista, também atua como Frank. Essa dualidade, a de quem cria a história e a habita, muitas vezes adiciona uma camada de autenticidade que é difícil de replicar. O diretor, Shaun Paul Piccinino, maneja o tom com leveza, garantindo que o filme nunca se torne pesado demais, mantendo o ritmo que flui como um bom vinho, suave e agradável.

That’s Amor não é o tipo de filme que vai revolucionar o gênero ou ganhar prêmios de roteiro inovador. Não é sobre isso. Ele é, antes de tudo, um convite para você relaxar, talvez com uma manta e uma boa taça de vinho (ou um bom prato de paella, quem sabe?). É a confirmação de que, sim, às vezes a gente precisa ser jogado para fora da nossa zona de conforto para descobrir o que realmente nos faz feliz. É a lembrança de que recomeços podem ser assustadores, mas também podem ser deliciosos. E que o ingrediente que faltava, seja na nossa vida ou num prato de comida, muitas vezes está bem ali, esperando para ser descoberto, com um pouco de coragem e um monte de amor. Se você está procurando por essa dose de conforto, de um romance que acende a chama da esperança e umas boas risadas, That’s Amor é, sem dúvida, um prato cheio.

Trailer

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