Vingança

Vingança: Um Thriller Que Ainda Ecoa em 2025

Dezesseis anos se passaram desde que Paulo Pons nos presenteou com Vingança, um thriller brasileiro lançado em 21 de novembro de 2008. Revisitar o filme em 2025 me permitiu apreciar certos aspectos que talvez, na época, tivessem passado despercebidos pela minha juventude cinéfila. A trama, que gira em torno de uma busca implacável por justiça, acompanha Camila Ramalho (Bárbara Borges) em seu caminho tortuoso após uma tragédia que abala profundamente sua vida. Miguel (Erom Cordeiro), Adão Ramalho (José de Abreu), Roger (Daniel Kallon) e Bruno (Márcio Kieling) completam o elenco, cada um com seus segredos e motivações intrincados. Não revelarei mais detalhes da sinopse para preservar a experiência do espectador.

A direção de Paulo Pons demonstra uma competência admirável na construção de tensão. Ele se utiliza de recursos clássicos do gênero, mas sem cair na mesmice, criando uma atmosfera densa e opressiva que prende a atenção do início ao fim. Há uma maestria no uso de sombras, ângulos de câmera e trilha sonora, elementos que contribuem significativamente para a imersão na trama. O roteiro, contudo, apresenta algumas falhas. Apesar de eficiente em manter o suspense, alguns diálogos soam um tanto artificiais, e certas reviravoltas previsíveis, prejudicando o impacto geral.

As atuações são o ponto alto de Vingança. Bárbara Borges carrega o peso da narrativa em seus ombros com maestria, transmitindo a complexidade emocional de Camila com nuances sutis e convincentes. José de Abreu, como sempre, entrega uma performance poderosa e marcante, mesmo que seu personagem seja, admito, um tanto caricato. Erom Cordeiro e Daniel Kallon cumprem seus papéis com solidez, complementando a trama com suas respectivas performances. Márcio Kieling, por sua vez, entrega um desempenho equilibrado que se encaixa perfeitamente na dinâmica do filme.

Atributo Detalhe
Diretor Paulo Pons
Elenco Principal Bárbara Borges, Erom Cordeiro, José de Abreu, Daniel Kallon, Márcio Kieling
Gênero Thriller
Ano de Lançamento 2008

Um dos pontos fortes reside justamente na exploração da vingança como tema central. O filme não se limita a retratar a busca pela vingança como um ato puramente satisfatório, mas sim mergulha nas suas consequências morais e psicológicas, mostrando os danos colaterais que este tipo de ação pode causar. No entanto, um dos pontos fracos, e talvez o que mais me incomodou na revisitação, é a previsibilidade de alguns desdobramentos da trama. Certos arcos de personagens se desenvolvem de maneira muito linear, perdendo a capacidade de surpreender.

A recepção crítica de Vingança em 2008 foi bastante polarizada, com alguns elogiando a atmosfera tensa e as atuações, enquanto outros criticavam a previsibilidade do roteiro. Acredito que, em 2025, o filme se sustenta mais pela força interpretativa do elenco do que pela originalidade da história. A mensagem principal, embora não seja explícita, gira em torno da natureza cíclica da violência e da dificuldade de encontrar redenção após um ato tão extremo.

Em conclusão, Vingança é um thriller brasileiro que, apesar de apresentar algumas falhas no roteiro, ainda consegue cativar o público pela força de suas atuações e atmosfera tensa. Recomendo sua visualização, principalmente para aqueles que apreciam filmes nacionais e clássicos do gênero. A sua disponibilidade em plataformas de streaming facilita o acesso a esta produção que, apesar de não revolucionária, merece ser revisitada e apreciada em sua complexidade, especialmente sob a lente de um olhar retrospectivo de 2025. Vale a pena, ainda que apenas pela performance impecável de Bárbara Borges.

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