Ah, “War 2”! Sabe, quando a gente se senta para assistir a um filme que carrega um legado como esse, a gente não tá só esperando pipoca e diversão. A gente espera um espetáculo, claro, mas também uma conversa, uma evolução. E por que eu tô aqui, me debruçando sobre as palavras para te contar sobre ele? Porque filmes assim, que expandem um universo cinematográfico que a gente já aprendeu a amar, são mais do que entretenimento; eles são marcos. São momentos onde a gente vê a ambição do cinema indiano se traduzir em algo palpável, estrondoso.
Desde que Ayan Mukerji foi anunciado na direção e o elenco ganhou a adição de um titan como N.T. Rama Rao Jr. ao lado do nosso já conhecido Hrithik Roshan, a expectativa era palpável. Eu, particularmente, sentia uma pontinha de curiosidade misturada com um certo ceticismo, sabe? Ayan é um diretor que, até então, nos trouxe universos mais… místicos, com uma certa magia, como em “Brahmāstra”. Como ele se adaptaria à crueza, à adrenalina implacável do mundo dos espiões da YRF?
E, olha, o que a gente viu nas telas neste 2025 foi algo que, mesmo com todas as minhas premonições, conseguiu me surpreender. “War 2” mergulha de cabeça no thriller de ação, mas com uma profundidade que, talvez, o primeiro “War” tenha apenas arranhado a superfície. A trama, escrita com maestria por Shridhar Raghavan, não é só uma corrida contra o tempo ou uma caçada implacável; é uma teia complexa de lealdades testadas, traições sussurradas e sacrifícios que fazem a gente questionar onde, afinal, está a linha entre o herói e o vilão nesse jogo de sombras.
O coração pulsante do filme, para mim, reside no embate – seja ele físico ou ideológico – entre Kabir Dhaliwal (Hrithik Roshan) e Vikram (N.T. Rama Rao Jr.). Hrithik, ah, Hrithik! Ele não apenas interpreta Kabir, ele é Kabir. Aquele olhar de aço, a postura calculada, a maneira como cada movimento em uma cena de luta parece uma coreografia mortal. Ele é o espião lapidado, a personificação da elegância letal. Mas o que me pegou de verdade foi a vulnerabilidade sutil que ele deixa transparecer em momentos-chave, uma rachadura na armadura que nos lembra que, por baixo de todo aquele heroísmo, existe um homem.
| Atributo | Detalhe |
|---|---|
| Diretor | Ayan Mukerji |
| Roteirista | Shridhar Raghavan |
| Produtor | Aditya Chopra |
| Elenco Principal | N.T. Rama Rao Jr., Hrithik Roshan, Kiara Advani, Ashutosh Rana, Anil Kapoor |
| Gênero | Ação, Aventura, Thriller |
| Ano de Lançamento | 2025 |
| Produtora | Yash Raj Films |
E então entra Vikram, interpretado por N.T. Rama Rao Jr. Eu esperava uma performance forte, claro, mas a maneira como ele infunde Vikram com uma intensidade quase primal é algo digno de aplausos de pé. Não é apenas força bruta; é uma inteligência fria, uma determinação que beira a obsessão. Quando Kabir e Vikram estão na mesma cena, o ar parece eletrizado. É um duelo de titãs, não só em termos de habilidade física, mas de puro carisma, de presença que domina a tela. Você se pega no limite da cadeira, dividindo a sua torcida, porque ambos os personagens têm suas razões, suas cicatrizes. É essa nuance que Ayan consegue extrair, mostrando que nem tudo é preto e branco, que o heroísmo tem muitos tons de cinza.
Ayan Mukerji, ele pegou o ritmo frenético do gênero espião e injetou uma sensibilidade visual que é só dele. As cenas de ação, por exemplo, não são apenas explosões e pancadaria; elas são narrativas visuais, coreografadas com uma precisão que te faz sentir o impacto de cada golpe, o ruído seco de cada bala. E, mais importante, ele usa a câmera para nos aproximar da tensão interna dos personagens. Há um momento em particular, numa perseguição em alta velocidade, onde a câmera não está apenas mostrando o caos exterior, mas foca nos olhos de Kabir, e você pode sentir a adrenalina, a concentração quase espiritual dele. É mostrar, não só contar, entende?
O elenco de apoio também brilha. Kiara Advani como Kavya Luthra traz uma camada de humanidade e resiliência que é essencial. Ela não é só a “donzela em perigo”; ela tem agência, decisões que impactam a trama de formas inesperadas. E ver Ashutosh Rana de volta como Colonel Sunil Luthra, ou Anil Kapoor como o enigmático Vikrant Kaul, é como reencontrar velhos amigos em um novo cenário, cada um adicionando peso e credibilidade a esse intrincado universo de espionagem. Eles são as âncoras que mantêm a nave estável em meio à tempestade.
A Yash Raj Films, sob a batuta de Aditya Chopra, solidifica ainda mais o que eles começaram com o YRF Spy Universe. “War 2” não é só uma sequência; é uma peça fundamental que expande as fronteiras, introduz novos dilemas e estabelece um padrão ainda mais alto para o que virá. O filme te arrasta por locações exóticas, por cenários de tirar o fôlego, mas nunca perde o foco no que realmente importa: a história e os personagens.
Terminei de assistir “War 2” com o coração na boca, a mente a mil, e uma sensação de que testemunhei algo grandioso. Não é apenas um filme de ação; é uma experiência sensorial, um mergulho em um mundo onde cada decisão tem peso, cada olhar esconde um segredo e cada confronto é uma dança mortal de ideais. Se você gosta de filmes que te fazem questionar, que te prendem do início ao fim e que te deixam pensando muito depois que os créditos sobem, “War 2” é mais do que uma recomendação; é um convite. Vá por mim, você não vai se arrepender.




