Wicked: Parte 2

Wicked: Parte 2 – Uma Ode à Amizade, Uma Elegia à Ambição

Finalmente, o dia chegou. Após meses de expectativa frenética, a segunda parte de Wicked, com lançamento previsto para 20 de novembro de 2025 no Brasil, estreou e, posso dizer sem hesitar, superou minhas expectativas mais otimistas. Mas vamos com calma, para não entregar o ouro antes da hora. A sinopse oficial já nos conta que este filme continua a épica jornada de Elphaba e Glinda, explorando o aprofundamento do relacionamento delas, no contexto da crescente tensão política em Oz. Não esperem uma repetição da primeira parte; aqui, a narrativa mergulha em águas mais profundas, explorando temas de poder, traição e o custo da ambição. É um filme sobre amizade, sim, mas também uma dura lição sobre a natureza humana.

A direção de Jon M. Chu é simplesmente brilhante. Ele equilibra o exuberante mundo fantasioso de Oz com a complexidade emocional dos personagens de maneira impecável. As sequências musicais são coreografadas com maestria, um verdadeiro espetáculo para os olhos, sem jamais ofuscar a narrativa. Chu entendeu a essência do musical da Broadway e transpôs isso para a tela com uma sensibilidade e fidelidade admiráveis. A cinematografia é deslumbrante, criando uma Oz rica em detalhes e visualmente fascinante.

O roteiro, assinado por Winnie Holzman e Dana Fox, é uma verdadeira obra-prima. Eles não se limitaram a adaptar a peça para o cinema; eles aprimoraram a narrativa, adicionando nuances e profundidade aos personagens que nunca foram totalmente explorados na peça original. As adições narrativas não só justificam a jornada em dois filmes, mas a enriquecem, abrindo novas possibilidades interpretativas e intensificando o impacto emocional da história. Não se trata de uma simples transcrição, mas sim de uma reimaginação para a tela grande.

E o elenco? Simplesmente impecável. Cynthia Erivo e Ariana Grande entregam performances de tirar o fôlego. Erivo encarna Elphaba com uma força e vulnerabilidade cativantes, transmitindo a complexidade da personagem com uma sutileza impressionante. Grande brilha como Glinda, demonstrando uma capacidade dramática que poucos esperavam. Jonathan Bailey, Ethan Slater e Marissa Bode completam o elenco com performances sólidas, dando vida a personagens icônicos do musical.

Os pontos fortes de Wicked: Parte 2 são inúmeros: a direção visceral, o roteiro inteligente e o elenco excepcional. Mas, como em qualquer obra-prima, existem alguns pontos que poderiam ser aprimorados. Talvez a narrativa se perca um pouco em certos momentos, abrindo espaço para alguns pequenos desvios de foco. Embora a complexidade emocional seja enriquecedora, alguns espectadores podem achar o ritmo um pouco lento em alguns pontos. Apesar disso, são falhas menores que não comprometem a experiência geral.

O filme explora temas complexos, como a natureza do bem e do mal, a busca pelo poder e a fragilidade da amizade diante da ambição desmedida. A história de Elphaba e Glinda se torna uma metáfora poderosa para as pressões sociais e políticas, o que faz dela uma experiência memorável e profundamente impactante. É um filme que provoca reflexões, que permanece na mente do espectador muito depois dos créditos finais.

Em conclusão, Wicked: Parte 2 é uma experiência cinematográfica imperdível. É um filme que se destaca pela sua beleza visual, pela riqueza da sua narrativa e pela excelência do seu elenco. Sim, existem pequenas imperfeições, mas elas são insignificantes diante da magnitude da obra. Recomendo fortemente a todos os amantes de musicais, de fantasia e de boas histórias. Preparem-se para ser transportados para Oz, para chorar, para rir, e para sair do cinema transformados por essa jornada épica. Não perca a oportunidade de vivenciar essa obra-prima da cultura pop. O lançamento está próximo e a expectativa está mais que justificada!