William Tell

William Tell: Uma Flecha que Erra o Alvo?

Lançado em 2025, William Tell prometia resgatar a lenda suíça para as telas com uma abordagem épica, ambientada no século XIV, em meio às disputas pelo poder no Sacro Império Romano. A sinopse nos apresenta um William Tell (Claes Bang) forçado a abandonar sua vida pacífica quando a opressão austríaca ameaça sua família e sua terra. A promessa de ação, drama histórico e uma luta pela liberdade parecia irresistível. Mas será que o filme cumpre o que promete? A resposta, infelizmente, é complexa.

A direção de Nick Hamm, que também assina o roteiro, peca por uma certa falta de pulso. Há momentos de visual impactante, principalmente nas cenas de batalha e nos cenários imponentes que retratam a Suíça medieval, mas a narrativa se arrasta em momentos de diálogo excessivo e pouco envolventes. O roteiro, embora tente abordar temas importantes como tirania, liberdade e a relação pai-filho, sofre de um ritmo irregular, alternando entre momentos de ação frenética e longas sequências de diálogos que, honestamente, parecem ter sido escritos para um drama de época mais contido, não para o épico que se pretendia.

E aqui chegamos ao ponto crucial: Claes Bang como William Tell. Lendo algumas críticas prévias, a impressão que tive é que não fui o único a achar a performance do ator um tanto… insossa. A crítica que menciona a falta de impacto na frase “We are Swiss” acertou em cheio. Bang não consegue transmitir a força e a determinação que se esperariam de um herói lendário, o que acaba por minar todo o peso dramático da narrativa. Ele parece estar sempre à margem da história, observando a ação se desenrolar, em vez de impulsioná-la.

AtributoDetalhe
DiretorNick Hamm
RoteiristaNick Hamm
ProdutoresGeorgia Bayliff, Lauren Cox, Jessica Gamburg, Marie-Christine Jaeger-Firmenich, Piers Tempest
Elenco PrincipalClaes Bang, Connor Swindells, Golshifteh Farahani, Jonah Hauer-King, Ellie Bamber
GêneroAção, Drama, História
Ano de Lançamento2025
ProdutorasTempo Productions, Groenlandia, Free Turn

Em contraponto, outros atores se destacam. Connor Swindells como o tirânico Gessler entrega uma performance mais convincente, e a presença de Golshifteh Farahani e Jonah Hauer-King adicionam camadas interessantes à trama. Ellie Bamber como a Princesa Bertha também se destaca, embora seu papel seja mais contido. Mas, mesmo com atuações pontuais de qualidade, a fragilidade do roteiro e da direção não conseguem sustentar o peso da história.

O filme não foge dos temas clássicos: a violência da guerra, a opressão do poder, a luta pela liberdade. Apesar disso, William Tell não consegue explorar esses temas com a profundidade necessária. A cena da maçã, icônica na lenda, aparece de forma quase apática, sem a tensão dramática que deveria ter. A violência, por sua vez, é retratada de forma crua, com cenas de estupro e assassinato, algo que, embora possa ser historicamente pertinente, não é bem integrado à narrativa, parecendo, em alguns momentos, um apelo gratuito à polêmica.

Enquanto alguns podem elogiar a tentativa de retratar um período histórico com realismo, a verdade é que o filme se perde em seu próprio excesso. A ambição de retratar a história de William Tell como um grande épico acabou resultando num filme inconstante, com momentos brilhantes ofuscados por uma direção titubeante e um roteiro fraco.

Em resumo, William Tell é um filme que poderia ter sido muito melhor. Sua ambição é louvável, mas a execução falha em entregar uma experiência cinematográfica memorável. Acho difícil recomendá-lo a quem busca um filme de ação épico e envolvente. Para os amantes de filmes históricos, talvez haja algo a se aproveitar nas reconstruções de época, mas o resto… é melhor buscar outras opções disponíveis nas plataformas de streaming. Uma pena, pois a lenda de William Tell merecia uma adaptação mais à altura.

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